A Dupla está em estágios diferentes nas conversações com os jogadores para tratar da redução salarial e de férias coletivas neste período de quarentena provocado pela convid-19. O Inter pretende chamar os líderes do vestiário, como D'Alessandro, Marcelo Lomba, Danilo Fernandes e Victor Cuesta, até sexta-feira (27) para discutir o assunto. O Grêmio já traçou alguns cenários que serão apresentados aos atletas. Mas, primeiro, os debaterá no Conselho de Administração para que se construa de forma colegiada uma posição.
Os dois clubes estiveram presentes na videoconferência de segunda-feira do Conselho Nacional de Clubes, que reuniu os 40 participantes das Séries A e B. Na conversa, ficou definida uma linha de ação comum, de 20 dias de férias coletivas e corte de 25% dos salários enquanto as atividades do futebol estiverem suspensas. Porém, o acerto precisará ser feito clube a clube e com os sindicatos de atletas de cada Estado. O Inter foi representado pelo vice eleito Alexandre Chaves Barcellos, que é sempre designado pelo presidente Marcelo Medeiros para representar o clube na interface com a CBF e em outros temas pertinentes aos interesses institucionais do clube. Pelo Grêmio, o presidente Romildo Bolzan Júnior, mesmo em recuperação da convid-19, e o CEO Carlos Amodeo foram os representantes.
Na semana passada, Amodeo elaborou um estudo aprofundado em que desenhou os cenários conforme a duração do período sem jogos. Os números foram repassados a Romildo, que tornou-os público na sexta-feira, em entrevista ao programa Show dos Esportes. A estimativa é de que o Grêmio deixe de arrecadar R$ 25 milhões. O presidente, questionado no programa, não descarto que logo \á frente seja necessário um alinhamento nos salários dos jogadores à realidade do momento.
Chaves Barcellos revela que o Inter está em fase final de estudo do tamanho das perdas com a quarentena. O passo seguinte será chamar os jogadores para uma conversa franca e direta.
- Tentaremos chegar a um consenso em que o clube consiga cumprir e os jogadores possam aceitar. Vamos expor a nossa situação e a dificuldade que teremos neste período de 70 a 90 dias sem jogos. Não há nenhum empecilho para o Sindicato dos Atletas participar também do encontro - disse o dirigente.