Paolo Guerrero virou pauta das eleições para presidente do Boca Juniors, a mais quente dos últimos 20 anos. Desde que Macri assumiu no início dos anos 1990, o cenário eleitoral na Bombonera sempre foi previsível. Porém, neste ano, com as quedas para o River nas duas últimas Libertadores e um racha na situação, a sucessão de Daniel Angelici efervesceu La Boca. Tanto que Maradona e Riquelme, dois dos maiores ídolos da torcida, entraram em rota de colisão nas redes sociais.
Riquelme será o homem forte do futebol caso o oposicionista Jorge Amor Ameal vença nas urnas no dia 8. É aí que entra Guerrero. Riquelme já teria entrado em contato com o peruano e avisado de sua intenção de tê-lo como centroavante em 2020. O camisa 9, aliás, teria convidado o ex-craque para seu jogo beneficente em Lima antes do Natal.
O Boca ainda se ressente da perda de Benedetto, vendido ao Olympique de Marselha no início deste ano. Ábila sofreu com lesões em momento importantes e, convenhamos, está longe de ser o camisa 9 com o tamanho da exigência do clube. Os jovens Jan Hurtado e Soldano ainda precisam de mais corrida para tal posto. Como centroavante é uma carência institucional, o atual presidente, Daniel Angelici deixou escapar, de forma proposital, o interesse de levar Guerero para a Bombonera. Angelici apoia Christian Gribaudo. Em entrevista coletiva, ao ser indagado sobre o interesse no jogador do Inter, sorriu e disse que isso só comprovava sua frase anterior: “Viu como os jornalistas sempre descobrem antes os nomes?”.
Para completar, Jose Beraldi, a terceira via e quase coadjuvante na eleição, disse também sonhar com Guerrero com a camisa 9 do Boca. Ou seja, Guerrero virou tema de campanha na Bombonera.