Esqueça a atuação, esqueça a desorganização da equipe e algumas escolhas esquisitas feitas pelo técnico Zé Ricardo. O que valeu, e muito, foi a vitória de 2 a 1 sobre o Fluminense. Foi sofrida, com um rendimento longe de convencer, mas ajudou o Inter a desanuviar a crise que insiste em pairar sobre o Beira-Rio e a passar até a ambicionar uma vaga direta na Libertadores, desde é claro que o G-4 vire G-5, se o Flamengo sair de Lima, no dia 23, como campeão da América.
Os três suados pontos sobre o Fluminense, um dos candidatos ao rebaixamento, é bom frisar, proporcionam ao Inter uma semana menos turbulenta. Sem jogos no meio da semana, Zé Ricardo terá tempo para corrigir defeitos do time, rever suas escolhas e equalizar um ambiente que parece mais fragilizado a cada dia, desde a perda da Copa do Brasil e a sucessão de equívocos que se seguiram.
Um dos passos para resgatar o equilíbrio foi retomar o modelo adotado por Odair. No primeiro tempo, o tripé acabou retomado. No segundo tempo, porém, faltou agressividade. As trocas feitas não surtiram o efeito e tiraram a pegada do time. O que aumenta uma interrogação que corre por todos os contextos do Inter: por que Sarrafiore não ganha uma oportunidade?
Neste domingo, Nico López voltou à cena. Parede, como sempre, entrou, e, por fim, Sobis substituiu Guerrero. Em um momento no qual o Inter precisava da bola e de uma qualidade na saída para o ataque, o argentino talvez fosse uma boa alternativa. Porém, outra vez, ele apenas viu o jogo. Que ficou longe de ser algo tranquilo para o Inter. A semana que Zé Ricardo terá para treinar talvez sirva para que ele reveja pontos como esse.