Há exatamente um mês, Renato Portaluppi recebeu GaúchaZH para uma entrevista no CT Luiz Carvalho. Entre vários temas abordados, estava a possibilidade de Paulo Miranda ser o lateral-direito para encarar o Flamengo na semifinal da Libertadores. A posição recém havia ficado aberta pela lesão de Leonardo Gomes.
Renato foi taxativo: o titular sairia da disputa entre Galhardo e Léo Moura. Não havia explicação, sustentou o técnico, ter dois jogadores da posição no grupo e usar uma improvisação. Caso tomasse essa decisão, tinha, por obrigação, dispensar ambos e economizar o dinheiro do clube.
A questão é que o jogo decisivo contra Flamengo se aproxima e nem Galhardo, nem Léo Moura, aquietam o coração dos gremistas. Galhardo teve algumas boas atuações, mas afundou a partir do jogo contra o Flamengo. Viu o jogo dos cariocas fluir pelo seu lado, principalmente com Bruno Henrique, e caiu de rendimento.
Léo Moura voltou de lesão obedecendo a um plano que o deixasse pronto para atuar no Maracanã. Só que suas atuações provocam calafrios. Contra o Fluminense, os dois gols saíram pelo seu lado. Contra o Bahia, o perigo rondou a defesa também pela direita e virou gol em um pênalti cometido por ele. Aos 40 anos, Léo Moura fez na quarta-feira seu 18º jogo em 2019.
Na quarta-feira, se jogar, estará estreando na Libertadores. Diante desse cenário, Renato parece diante de um dilema. Mantém sua premissa de usar um jogador da posição, no caso Léo Moura, seu jogador de confiança, ou parte para a segurança de Paulo Miranda, um zagueiro que já atuou por ali? Esta será pergunta que martelará na cabeça dos gremistas até a quarta-feira mais importante de 2019 para o Grêmio.