O Inter cumpriu na terça-feira (22) a penúltima etapa antes de, finalmente, ser dono da área do CT de Guaíba. O projeto de lei para doação do terreno de 90 hectares pelo governo do Estado foi aprovado por 11 a 0 na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa – para a unanimidade faltou apenas um voto, o da deputada Juliana Brizola, ausente na sessão.
A previsão é de que na próxima terça-feira ocorra a votação no plenário. Como há um acordo de líderes, o projeto de lei será aprovado, sendo a apreciação dos demais deputados apenas um rito necessário.
Com a escritura do terreno em mãos, a direção pretende deflagrar na arrancada de 2020 o plano para começar a erguer a Cidade do Inter, como será batizado o CT. O vice-presidente de Assuntos Estratégicos João Pedro Lamana Paiva acredita que com uma receita de R$ 2 milhões mensais será possível dar a largada na obra. O custo estimado, inicialmente, é de que a Cidade do Inter necessite de R$ 70 milhões para ganhar forma e passar a abrigar o dia a dia do clube.
Uma das medidas pensadas para arrecadar o valor inicial da obra seria mobilizar os 120 mil sócios e consultá-los sobre uma colaboração acoplada à mensalidade. Tudo isso, no entanto, só será discutido depois de aprovada a doação do terreno pela Assembleia Legislativa e, principalmente, depois de o clube encaminhar seu futuro no Brasileirão.
Pelo projeto desenvolvido pela Hype Studio, o CT teria 10 campos, sendo um de grama sintética e outro que comportaria um miniestádio, para 5 mil pessoas e que abrigaria os jogos das categorias de base e do sub-23. Um prédio, destinado à base, teria alojamento para 80 garotos, refeitório e salas para recreação, assistência social, psicologia e reuniões. Na ala destinada aos profissionais, haveria 30 suítes e estrutura semelhante à pensada para a gurizada.