O jogo contra o Vasco era crucial para o Inter e seu sonho de G-4. Acabou com derrota de 1 a 0 e chance de perder até mesmo o lugar no G-6. O que é agravado pelo que virá pela frente, no futuro imediato: confronto direto com o Bahia, pelo G-6, em Salvador, o Athletico-PR, o responsável por roubar a bússola colorada em 2019, e o Gre-Nal.
Ou seja, três confrontos diretos pelo G-6, o que parece ser a realidade do Inter neste cenário atual. A derrota no Beira-Rio, a primeira neste Brasileirão, é justo que se diga, teve a interferência direta da arbitragem. O primeiro tempo de alto nível feito pelo Inter fechava com um golaço de D'Alessandro, em chute cruzado.
Só que o árbitro paulista Vinícius Gonçalves Araújo viu falta de Cuesta em Henrique no lance anterior e, com o auxílio do VAR, anulou. Essa decisão desestabilizou o Inter. O gol do Vasco já era para ter saído ainda antes do intervalo, mas Ribamar errou. O que não fez Marrony, aos 8, em vacilo da defesa do Inter. A partir daí, o time teve esforço, abnegação, mostrou entrega comovente. Só que isso foi insuficiente.
O Inter de Ricardo Colbachini tem avanços. Heitor tira o time da defesa, Zeca só é lateral na hora de marcar. Com a bola, vai pelo meio, troca de posição com Patrick, arma. D'Alessandro ganhou liberdade de ação. Sarrafiore entrou bem outra vez, é vertical. Mas há algumas peças que precisam ser revisadas.
Principalmente, Nico López, que parece perdido em seu mundo próprio. Patrick é empenhado, pode-se sempre contar com ele, mas freia o time na transição. Para completar, Edenilson está longe do que já jogou neste 2019, e Guerrero precisa reencontrar a rota do gol. Colbachini, se for ele o técnico, terá a missão de fazer essas correções. Ou o que hoje é G-6 pode esvair entre os dedos.