Custou cara a desconcentração e a cabeça nos mata-matas das Copas. Outra vez, como já havia ocorrido com os reservas em Maceió, o Grêmio estava em outra frequência. Mesmo com time completo e na Arena, parecia cumprir um protocolo ao entrar em campo para enfrentar a Chapecoense.
Tanto é que Geromel e Kannemann foram batidos com frequência e facilidade surpreendentes. Assim, a Chape igualou o placar duas vezes no primeiro tempo e construiu o 3 a 2 no segundo. O empate só veio a partir de medidas emergenciais de Renato, que trocou lateral por atacante, montou linha de três na zaga e mandou o restante do time para o ataque.
Tardelli, outra vez, foi decisivo na noite em que a dupla de zaga errou, Maicon parecia preso ao campo e Jean Pyerre foi de uma discrição que contrasta com sua qualidade técnica. O resultado disso foi um time que estava com as pernas no Brasileiro e a cabeça nos mata-matas de agosto.
Renato não precisa ajustar o time, mas fazê-lo entender que os pontos corridos, embora desprovidos da eletricidade das Copas, é o porto seguro para 2020. E o Grêmio parece ter se esquecido disso.
A prova são os pontos deixados para Fluminense, Avaí, CSA e Chape. O 3 a 3 foi mais do que a noite azul fez por merecer. E passou longe da arbitragem confusa e insegura do árbitro.