O Inter que se prepare. O Al-Hilal é um dos cinco clubes da família real da Arábia Saudita e dono da maior torcida do país. Ou seja, é a menina dos olhos dos xeques e, por isso, conta com recursos financeiros de sobra para contratar jogadores, como pensa em fazer com Edenilson agora.
O futebol na Arábia funciona assim. São 12 clubes na elite. Sete deles seguem o modelo de gestão convencional. Os outros cinco (Al-Hilal, Al Nassr, Al Shabab, Al Ahly e Al Ittihad), no entanto, são geridos por filhos ou sobrinhos do xeque. No caso do Al Hilal, é o clube com mais conquistas no país, com 15 títulos nacionais, 13 da Copa e sete da Copa do Príncipe.
Chamado pela torcida como o The Boss (O Chefe), o Al-Hilal precisa dar resposta depois de perder o título nacional, por um ponto, para o Al Nassr, outro grande de Riad, a Capital. O clube começou o ano com Jorge Jesus, o português do Flamengo. Mas ele se desentendeu com o xeque e deixou o cargo em janeiro. Péricles Chamusca conduziu o time até o fim da temporada.
Aqui no Brasil, o clube busca, além de Edenilson, um técnico. Bateu na porta de Fábio Carille, do Corinthians, com uma proposta milionária. Aliás, dinheiro está longe de ser problema no Al-Hilal. O clube costuma fazer suas viagens em avião particular e pagar prêmios por vitória em dinheiro vivo, no vestiário. Em agosto, o time disputa vaga nas quartas de final da Liga dos Campeões da Ásia com o Al Ahly, o rival de Jedah. E o xeque, é evidente, quer o tri continental.