Foi dramático, tenso e angustiante. Não poderia ser diferente, com 180 minutos de Gre-Nal sem gol e dificuldades até mesmo nas cobranças de pênaltis. O Grêmio levou a melhor sobre o Inter, no detalhe do detalhe, e acabou premiado com mais uma conquista. Um justo campeão, porque foi campeão invicto.
Um time que venceu 11 dos 17 jogos, empatou seis e levou apenas um gol merecia mesmo acabar a noite em festa. A Arena viu numa quarta-feira típica de outono a história ser escrita. Mais do que passar o campeonato sem perder, o que não acontecia havia 54 anos, o Grêmio passou 22 horas sem levar um gol.
A noite serviu também para o Grêmio decretar como finalizada a sucessão de Marcelo Grohe, um dos símbolos desta era vitoriosa do clube. Foram três pênaltis defendidos por Paulo Victor e defesas decisivas, tanto no Beira-Rio quanto no jogo da Arena.
Para o Inter, fica o amargor de uma decisão em que, à exceção dos primeiros 25 minutos do jogo de ida, atuou sempre em altíssimo padrão e mostrou-se um time forte e competitivo ao extremo. Principalmente na Arena, sua atuação foi de qualidade, com individualidades que merecem destaque, casos de Lomba, Moledo, talvez o melhor em campo, e Edenilson. Mas faltou o detalhe. E esse foi azul.