Era preciso vencer na largada da Libertadores. E o Inter conseguiu isso. Com muito mais transpiração do que inspiração, sem encher os olhos e com Marcelo Lomba como destaque diante de um adversário apenas mediano.
Tudo isso, no entanto, se esfuma diante do resultado, diante do contexto de um time que ainda procura um caminho que o faça encorpar e jogar com mais confiança. Mais do que isso, de um clube que se reconstrói passo a passo e que, nos pés dos Andes chilenos, deu um passo gigantesco para recuperar seu lugar.
O Palestino é só uma força intermediária do futebol chileno e se tornou maior porque o Inter adotou um modelo de jogo reativo demais, de se defender e sair rápido para encontrar espaços que, quando teve, ele fechou por errar passes demais. Odair Hellmann e todo o Inter sabem que ainda há um caminho a cumprir. E será preciso acelerar o passo para encontrá-lo.
O Inter venceu e isso precisa ser extremamente valorizado. Até porque, embora seja apenas a primeira rodada, a partida no Chile tinha um caráter decisivo. Pode-se dizer que vencer o Palestino pavimenta o caminho para a próxima fase. Agora, virão três jogos seguidos em casa, onde o Inter teve aproveitamento superior a 80%. A cartilha da Libertadores exige ganhar como mandante e buscar pontos fora para avançar aos mata-matas. Uma parte da lição foi cumprida.