O novo atacante do Inter renasceu no Interior gaúcho, durante passagem pelo Ypiranga. Guilherme Parede, 23 anos, contratado por uma temporada, com 25% dos direitos comprados pelo Inter, fechou o ano como um dos raros a se salvarem na horrorosa temporada do Coritiba. Foi o goleador e o destaque em uma temporada na qual seu time perdeu o Paranaense para o sub-23 do Athlético-PR e finalizou a Série B em um constrangedor 10º lugar. Conversei com o Cristian Toledo, comentarista da RPC TV e do SporTV em Curitiba e um conhecedor profundo da vida dos clubes paranaenses. Por telefone, Cristian fez elogios ao novo contratado do Inter. E uma ressalva:
– Ele se salvou na má campanha do Coritiba na Série B, ele e o Wilson, goleiro. Fez um excelente ano. Muito bom mesmo. Mas é jogador, por enquanto, de uma temporada.
O que é a mais pura verdade. Guilherme foi lançado em 2014, de forma açodada. Deslumbrou-se e pouco jogou. Foram 16 jogos em três temporadas. No início de 2017, acabou cedido ao J.Malucelli, clube-empresa da região metropolitana de Curitiba. Disputou o Paranaense e veio para o Ypiranga, jogar a Série C. Passou em branco em termos de conquistas. Mas fez seus três primeiros gols como profissional. Foram contra o Aimoré, nos mata-matas da Copa Paulo Sant'Ana.
Neste ano, voltou ao Coritiba e entrou quase de forma acidental no time. Mosquito, tratado como joia no Coritiba, entrou em uma disputa judicial com o clube e acabou afastado. Foi quando surgiu a chance de Parede. O gol veio logo no primeiro jogo da temporada, 1 a 1 com o Prudentópolis. Ganhou espaço e, a partir do meio do ano, afirmou-se como titular. Fechou 2018 como referência ofensiva, ganhando os holofotes que deveriam ser do veterano Alecsandro.
Segundo Cristian, trata-se de um atacante de lado, com boa velocidade e que conhece o caminho do gol. Foram 12 em 47 jogos. Um número magro, é verdade. Mas uma fartura na realidade árida do Coritiba em 2018.
– Ele é de velocidade e tem boa colocação. No Coritiba, jogava aberto na direita e cortava para dentro, mesmo sem ser canhoto. Faltava-lhe companhia no time, tinha de fazer muita coisa sozinho. Mais um registro a favor dele – descreve Cristian sobre Parede, que veio buscar novo rumo em Erechim e acabou no Inter pouco mais de um ano depois.