
O presidente e ídolo do Estudiantes, Juan Sebastián Verón, não fez rodeios ao tratar do jogo contra o Grêmio, pela Libertadores. Foi direto como seus passes que acabavam em gol nos tempos de volante exemplar:
— Estamos enfrentando uma obra importantíssima, que compromete os recursos do clube e nos faz repensar o mercado. Não fomos nunca um clube que queixou ou usou desculpas. Sempre enfrentamos, e essas situações sempre nos devem dar força. Nós elegemos esse caminho. Enfrentaremos a Libertadores com um time juvenil, e isso é um desafio.
A obra a que se refere Verón é a construção do novo estádio, no mesmo endereço onde estava o mítico Jorge Hirsch, onde em 1983 o Grêmio encarou a Batalha de La Plata. Para finalizar a obra, o Estudiantes assinará neste mês o contrato de empréstimo de US$ 5 milhões, por coincidência, com o banco brasileiro Itaú.
A referência ao time de juvenis é pela renovação forçada que Verón teve de implementar no grupo. Sem dinheiro para reforços, trouxe apenas dois jogadores, o lateral-esquerdo Evangelista, que ficou livre ao sair do Newell's, e o atacante Albertengo, pertencente ao Independiente, mas que estava no Monterrey-MEX.
Por outro lado, ganharam espaço jovens como o lateral-esquerdo Erquiaga, 20, o volante Gómez, 20, o meia Lucas Rodríguez, 21, e os atacantes Apaolaza, 21, e Pellegrini, 18 anos. O técnico Leandro Benítez, interino efetivado depois de conquistar a vaga nas oitavas, tem variado o esquema entre o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1. No jogo de terça-feira, no estádio do Quilmes, ele não contará com o veterano volante Braña, 39 anos. Gómez, com idade para ser seu filho, entrará na vaga.
Nesta semana, o Estudiantes apresentou o novo uniforme, que será estreado contra o Grêmio. Com listras mais finas, lembra muito a do PSV da temporada passada, cujo fornecedor é o mesmo, a Umbro. Na parte de trás. a camisa traz duas inscrições: “Campeón del Mundo” e “A la gloria no se llega por un camino de rosas”. Essa segunda parece mais de acordo com o momento do Estudiantes.