Perder para o Palmeiras, o maior investimento do Brasil, está longe ser fora da curva. O problema do Inter é o acumulado da temporada, que acaba por pesar na conta. Em 2018, há as eliminações precoces no Gauchão e na Copa do Brasil. Isso faz a derrota no Pacaembu se tornar ainda mais espinhosa.
A atuação contra o Palmeiras, principalmente no segundo tempo, foi razoável. A entrada de Leandro Damião e o posicionamento de Pottker pelo lado direito deram mais contundência ao time. D'Alessandro, com sua qualidade, também fez o Inter melhorar.
Houve o pênalti em Nico no primeiro tempo e o impedimento mal marcado de Damião. Mas são contingências do jogo, uma boa atuação passa por cima delas.
Só que há problemas estruturais sérios a serem corrigidos por Odair Hellmann. A saída da defesa é de uma lentidão impressionante. É preciso criar um sistema em que o time não fique tão dependente de Rodrigo Dourado.
Talvez com os laterais participando mais ou com Patrick procurando articular mais em vez de buscar sempre o lance individual – que ele, pela força e pela qualidade técnica, consegue êxito até quando o fôlego permite.
Esses ajustes, no entanto, levarão algum tempo, porque o Inter segue recebendo jogadores e acoplando-os no time. Por tudo isso, será preciso paciência ao torcedor.
O Brasileirão será uma montanha-russa para os colorados até a equipe ganhar uma identidade. A questão é saber se haverá tempo para que isso aconteça.
O contexto é de grande pressão por parte da torcida e, principalmente, efervescência política nos bastidores, Não podemos nos esquecer de que este é um ano de eleição. E ela já borbulha na cena colorada.