A simples volta de Luan teve poder de passe de mágica ao Grêmio. Mesmo que sua atuação tenha ficado distante tecnicamente daquilo que nos acostumamos a ver, sua simples presença no centro do meio-campo irradiou para o restante da equipe.
Luan não desequilibrou como de costume. Só equilibrou o time. E isso muda a cara e o ânimo para o grande jogo do ano, quarta-feira, em Guayaquil. O Grêmio precisava dar essa guinada. Havia entrado em uma espiral perigosa, enfileirando atuações ruins e resultados duvidosos.
Chegar a uma decisão com interrogações é meio caminho para a derrota. O Grêmio conseguiu, contra o Corinthians, tirar muitas dessas interrogações e chegar mais leve para encarar o Barcelona.
Luan terá neste domingo, contra o Palmeiras, pelo menos, mais uma hora de rodagem em campo. É pouco ainda para deixá-lo em seu melhor nível, mas representa mais um passo à frente neste seu retorno.
O grande trunfo que representa a volta do meia-atacante, no entanto, está garantido. Com ele, o Grêmio se reorganiza em campo. Renato se livra daquela ginástica para montar um time capaz de atenuar a ausência do seu principal jogador. Com Luan, Ramiro joga na sua posição, Arthur encontra alguém que fale seu mesmo idioma com a bola, Barrios, passa a ser mais abastecido.
É evidente que o Grêmio de Guayaquil ainda ficará distante daquele time de julho, do melhor futebol do Brasil. Mas, ao menos, estará no mesmo caminho. E isso representa muito nesta hora de decisão, do jogo mais importante de 2017.