Era apenas questão de tempo. A demissão de Alexander Medina já era pra ter acontecido após a vexatória derrota para o Globo, mas o "crucificado" da vez foi o executivo de futebol, Paulo Bracks. Depois veio a eliminação do Gauchão, com um sonoro 3 a 0 em casa, para um rival que está na segunda divisão. Mas nada disso abalou a convicção do presidente Alessandro Barcellos, afinal de contas, em sua campanha para a eleição, ele prometeu uma "ruptura" no futebol.
Só que não bastaram apenas estes dois vexames históricos. O Inter de 2022 protagoniza o pior inicio de temporada que eu já vi. Um time absolutamente inoperante. Que não amedronta nenhum adversário, independente de onde ele venha. Que apequena uma instituição centenária, campeã do mundo, com mais de cem mil sócios.
Os resultados de campo são inquestionáveis: levamos mais gols do que fizemos. Nenhum jogador rende mais do que o seu normal sob as orientações de Medina. As substituições não melhoram em nada o rendimento. Todo jogo é um drama. Nenhum torcedor sabe o time titular.
O Inter de 2022 deprime. Poucas vezes vi uma torcida como a nossa tão desinteressada no futebol como neste ano. Reflexo puro do que se vê em campo bancado por uma "convicção" que já havia se transformado em teimosia. A demorada mudança de rumo é de responsabilidade exclusiva do presidente. O Internacional precisa ser tratado de acordo com o tamanho que tem.