Com tempo de sobra para treinar, imagino que veremos um Inter melhor no próximo compromisso da temporada, que deve ser a estreia na Sul-Americana, quarta-feira da semana que vem. A volta da imprensa aos treinos fez com que muitas imagens dos trabalhos cheguem até a torcida. E o que se vê são jogadas ensaiadas, muita orientação sobre posicionamento e aprimoramento da parte ofensiva.
Algo que deverá mudar bastante nas próximas competições porque, diferentemente do Gauchão, enfrentaremos — principalmente no Brasileirão — equipes que vão propor o jogo e que "ficarão com a bola", nos dando mais espaço para o contragolpe. Se um dos grandes obstáculos até agora foi a dificuldade em enfrentar times fechados, isso deverá ocorrer com menor frequência nas competições que irão começar.
E os reforços?
Se os treinos mostram trabalho, os movimentos fora do campo assustam pela lentidão. Estamos há quase um mês sem executivo de futebol, ainda sem coordenador — a negociação com Paulo Autuori "travou" — e nenhuma contratação foi efetivada desde que saímos do Gauchão.
As competições mais difíceis começam semana que vem e a janela fecha em duas semanas. Não posso crer que a direção e a comissão técnica estejam satisfeitas com o grupo atual e apenas a insistência e a convicção no trabalho que está sendo realizado seja suficiente para termos melhor rendimento em 2022. Preocupante.