Passados 24 dias da demissão de Paulo Bracks, o Inter ainda não definiu quem será o novo diretor-executivo de futebol e tampouco anunciou o coordenador-técnico, posto que era uma promessa de campanha do presidente Alessandro Barcellos. Conforme apurado por GZH, a demora se deve a dificuldades nas negociações com os profissionais pretendidos.
Para o cargo de executivo, os nomes analisados pela direção são Jorge Andrade, do Sport, William Thomas, do Avaí, e Felipe Ximenes, que está sem clube. Já o profissional escolhido para ser coordenador-técnico é Paulo Autuori, que negocia com o Colorado desde que se desligou do Goiás, na última quinta (24). A expectativa é anunciar os dois profissionais até o fim da próxima semana.
Tão logo demitiu Paulo Bracks, no dia 4 de março, o Inter fez uma proposta pelo executivo da base do Palmeiras, João Paulo Sampaio, que recusou a oferta. Nas duas semanas seguintes, a direção colorada convidou o diretor do FC Dallas-EUA, André Zanotta, e o executivo da base do São Paulo, Marcos Biasotto, que também disseram não.
Diante das negativas dos nomes preferidos, o clube realizou entrevistas com outros profissionais e ainda analisa o melhor nome. Em um primeiro momento, Jorge Andrade e Felipe Ximenes despontavam como favoritos, mas William Thomas ganhou moral internamente nos últimos dias e tem boas chances de ser contratado.
Já Paulo Autuori sempre foi o nome preferido para ocupar o cargo de coordenador-técnico. Porém, quando procurado pela primeira vez, no início do mês, o profissional recusou, alegando que iria cumprir o contrato em vigor com o Goiás. Desta forma, o Inter e o coordenador-técnico sequer discutiram àquela época detalhes como salário, autonomia e projeto.
Coincidentemente, na semana passada, Autuori entrou em rota de colisão com a direção do Goiás e acabou sendo demitido, fato que pegou a direção de surpresa. Desta forma, as negociações propriamente ditas se iniciaram apenas na última sexta (25), e ainda não foram concluídas.
Como Autuori não se desligou do Goiás especificamente para assumir o Inter, a demora no acerto é considerada natural nos bastidores do Beira-Rio. Afinal, além do salário, a direção precisou apresentar ao coordenador o projeto do clube, apresentar quais serão as suas funções e detalhar que tipo de autonomia o profissional terá para trabalhar. Esses termos ainda são discutidos e, no momento, impedem o acerto.
Internamente, o Inter acredita que conseguirá anunciar Autuori e o novo executivo até o final da semana.
O clube corre contra o tempo. Afinal, a janela de transferências fecha no dia 12 de abril e, hoje, as negociações para a busca de reforços são conduzidas apenas pelo gerente de mercado Deive Bandeira e pelos dirigentes políticos, como o presidente Alessandro Barcellos e o vice de futebol Emílio Papaléo.