A relação de Paolo Guerrero com o Inter vai chegando ao fim de uma maneira bem diferente do que a grande maioria da torcida sonhou. A se confirmar a rescisão de contrato, o peruano deixa o clube sem ter conquistado nenhum título, além de uma marca extremamente negativa — e muito importante na aldeia — de não ter feito nenhum gol em Gre-Nal.
É uma pena, mas a história não perdoa. Se jogadores de menor expressão no futebol passaram pelo colorado e levantaram as mais diversas taças, Paolo, um ícone em seu país e em seu continente, além de ter sido protagonista no último Mundial conquistado por um clube sul-americano, se despede sem, ao menos, ter vencido um Gauchão.
Evidentemente temos de considerar todo o contexto quando se fala de um esporte coletivo, ainda mais no nosso caso com vices nacionais em 2019 e 2020, mas eu lamentarei para sempre que a passagem dele pelo Beira-Rio termine assim. Como lamento até hoje Gamarra, Taffarel, entre outros gigantes da história do futebol mundial que vestiram nosso manto sagrado em épocas que as grandes conquistas não aconteceram.
Guerrero soube valorizar o Inter
Tenho certeza de que ele também não sai satisfeito. E eu também não esquecerei que ele soube valorizar o clube que o acolheu no momento mais difícil de sua carreira chegando a abrir mão de defender a seleção de seu país para jogar pelo Inter. E algo que, para mim, é muito importante: sempre correspondeu à idolatria das crianças. Pois são elas as que mais precisam de carinho e atenção em épocas de "vacas magras".