Empossado governador do Rio Grande do Sul para os próximos quatro anos, Eduardo Leite (PSDB) reiterou neste domingo (1º) que levará o tema educação ao patamar de prioridade em seu segundo mandato no Palácio Piratini.
E, de fato, é um acerto, porque não há nação desenvolvida que ostente índices tão deficitários de aprendizagem como os que, infelizmente, ainda temos. Se queremos que nossas façanhas sirvam de modelo, há de se fazer da educação um norte para onde seguiremos, a partir da inclusão de toda a sociedade.
Leite já havia indicado esse compromisso na campanha e mesmo após o feito histórico da reeleição. Não se esperava que fosse diferente no pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa.
Contudo, há outro tema sublinhado em seu discurso e que merece atenção justamente para garantir a execução de políticas públicas urgentes, como as voltadas para a educação. Aqui falamos sobre austeridade fiscal.
Não há caminho possível para a melhoria das condições de vida da população sem que haja um olhar atento para as contas públicas. Basta lembrar que até bem pouco tempo, o Rio Grande do Sul sequer conseguia pagar em dia seus funcionários públicos, homens e mulheres que empregam sua força de trabalho em prol da população. Não há dignidade na ausência de pagamento aos servidores.
Por isso, é absolutamente acertada a fala do governador ao reafirmar o comprometimento com o ajuste fiscal. Não há antagonismo entre cuidar das pessoas e ter responsabilidade com as contas públicas.
— É falsa a contradição entre social e fiscal. A austeridade é vital. Jamais iremos colocar em risco a saúde fiscal do Estado. Foi por ver essa saúde fiscal ameaçada que eu tomei a decisão de concorrer — explicou, em sua fala na Assembleia.
Com salários dos servidores em dia, com pagamento de fornecedores executados, com o controle das despesas, será possível investir em melhoria de vida aos cidadãos. Aliás, repita-se, voltadas a todos os cidadãos e cidadãs.
Porque tal como lembrou o presidente da Assembleia, a política deve respeitar divergências e ser instrumento de debate e busca do consenso, de consciência social. A polarização da eleição presidencial mostrou o quanto perdemos quando o debate é rebaixado por ausência de respeito em relação aos que pensam de forma divergente.
Por fim, que possamos ver a diversidade destacada e exaltada em todos os sentidos, seja simbolicamente como nas apresentações que assistimos neste domingo, em cerimônia no Palácio Piratini. Seja através da vida real e prática, como na presença do companheiro de Eduardo Leite, Thalis Bolzan, ao lado dele em um momento histórico; ou ainda na indicação da excelente Lisiane Lemos, mulher negra e autoridade reconhecida em temas como tecnologia e diversidade, para a Secretaria de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade.
Que os próximos quatro anos sejam de avanço. E de bem estar a todos e todas.