É difícil explicar a dor da perda para quem não passou por ela. Ainda que nos esforcemos, nada é tão agudo quanto vivenciar cada dia de um processo de luto. Seja a perda esperada ou não, seja uma doença que nos tira a pessoa amada lentamente, ou mesmo um infortúnio que não nos dá a oportunidade de dizer adeus.
Quando decidi falar aqui em GZH sobre as perdas gestacionais que tive, foi um processo de, ao mesmo tempo, enfrentar uma dor que me acompanhou, mas também de dizer a outras mulheres que a gente passa por isso e, felizmente, consegue se recuperar. Demora dias, semanas, meses. Às vezes mais de ano.
No meu caso, um ano se passou. Lembro das pessoas que me consolavam falando sobre "não era a hora" ou sobre "a gente aprende na dor", e tudo que eu queria naquele momento era poder, como tantas outras amigas, celebrar uma gestação saudável com a minha família.
Enfim, esse dia chegou.
A notícia não foi dada por mim, mas pelo nosso querido amigo Pedro Ernesto Denardin, durante o Sala de Redação desta terça-feira (30). Pedro, que é comunicador de mão cheia, contou ao mundo que nosso guri chega em março, para a alegria da nossa família.
Aproveitando o espaço que ocupo, decidi me dirigir, mais uma vez, às mulheres que estão tentando: continuem, não desistam. Pode parecer fácil. Não é. São muitos os fatores que podem ajudar (ou dificultar) a vida de uma tentante. E é importante, acima de tudo, que nós, mulheres, conheçamos nossos corpos. Foi assim que eu engravidei.
No mais, agora estamos curtindo esse momento. Obrigada a todos que torceram, que torcem. E continuem mandando energias positivas. Eu, Gabardo e o nosso guri agradecemos a chegada de tanto amor.