Depois de renunciar ao governo do Estado para estar disponível para uma eventual disputa presidencial, Eduardo Leite já apresenta uma mudança no discurso. Desde a campanha de 2018, o ex-governador defendia a bandeira contra a reeleição, porém, agora, admite a possibilidade de ser novamente candidato ao Piratini.
— A decisão não será individual. Será coletiva, com o grupo que está à frente do projeto que queremos que tenha continuidade para o Rio Grande do Sul — respondeu Leite à coluna.
Como governador, muitas das reformas que Leite conseguiu passar na Assembleia foram alicerçadas no argumento de que, não sendo candidato à reeleição, as mudanças e privatizações não o ajudariam na disputa eleitoral. Porém, a firmeza com que João Doria se mantém como pré-candidato presidencial pelo PSDB e a falta de consenso da chamada "terceira via" fizeram com que Leite voltasse os olhos com um novo ponto de vista sobre essa possibilidade.
Além da situação nacional, o Instituto Paraná Pesquisa trouxe nesta segunda-feira (23) um cenário onde o nome de Leite aparece como favorito em uma eventual disputa pelo governo do Rio Grande do Sul. Ele aparece com 27,3% da preferência dos eleitoras, e Onix Lorenzoni 19,2%.
Na sequência aparecem Beto Albuquerque (PSB) com 9,5%, Luiz Carlos Heinze (PP) com 6,9%, Edegar Pretto (PT) marcando 4%, Pedro Ruas (Psol) com 3,8%, Romildo Bolzan (PDT) 3,3%, mesmo já tendo anunciado que não será candidato, e Gabriel Souza (MDB) somando 1,2%.