O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, falou ao podcast "Descomplica, Kelly" sobre a decisão de concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul, após ter sido preterido por Jair Bolsonaro como vice na chapa para a eleição de outubro de 2022. O escolhido por Bolsonaro, ao que tudo indica, será outro militar: o general Braga Netto, atual ministro da Defesa e ex-chefe da Casa Civil.
A disputa ao Senado promete ser acirrada no Estado. Estarão no páreo: o atual senador Lasier Martins (Podemos), que tentará a reeleição; a ex-senadora Ana Amélia Lemos, que foi candidata a vice na chapa de Alckmin em 2018 e agora migrou para o PSD para concorrer; a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), que foi candidata a vice na chapa de Fernando Haddad e deve compor com o PT; além do próprio Mourão e outros nomes que ainda não foram definidos pelos partidos.
Sobre o fato de não ter sido escolhido por Bolsonaro, Mourão disse não ter mágoa e brincou que "mimimi não é coisa de gaúcho". Para Mourão, a decisão de disputar a eleição ao Senado passa pelo desejo de continuar na política.
— No momento em que eu não estou mais dentro dos planos dele (Bolsonaro) para compor a chapa, eu teria duas linhas de ação: ou pendurar as chuteiras, como se diz, ou então concorrer a um cargo eletivo. E, para mim, o Senado pareceu mais adequado pela minha experiência de vida. E tem que ser pelo meu Estado que é o Rio Grande do Sul — explicou.
Lembrando que neste ano há somente uma vaga em disputa, a ocupada hoje por Lasier Martins. Em 2026, aí sim, serão renovadas outras duas cadeiras no caso do RS.