O governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), já trabalha com a ideia de renunciar ao mandato de chefe do Executivo até o início de abril para que possa oficializar a candidatura à Presidência da República pelo PSD. Isso é necessário por conta da legislação eleitoral que só permitiria a Leite permanecer no cargo caso ele se fosse candidato à reeleição (ou então não disputasse cargos em outubro).
Com isso, quem deverá assumir o posto é o atual vice-governador do RS, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Conforme a coluna informou no início de fevereiro, Leite está com as malas prontas para deixar o PSDB e migrar para o PSD, a convite de Gilberto Kassab. Interlocutores relatam que Ranolfo já foi avisado sobre a tarefa que terá pela frente.
A regra está prevista na "Lei das Inelegibilidades", que diz que são inelegíveis para o cargo de presidente da República os governadores de Estado que não tenham renunciado até seis meses antes da data da eleição. Como a eleição deste ano ocorrerá em 02 de outubro, o prazo final é o dia 2 de abril.
Caso o desejo de Leite fosse concorrer ao Senado, ele também precisaria renunciar até essa data.
Conforme revelou o repórter Fábio Schaffner em Zero Hora, Leite prepara o anúncio de sua decisão para o evento conhecido como "Tá na Mesa", da Federasul, em Porto Alegre. Esse encontro está previsto para 16 de março.
Saída para o PSD
Quem esteve presente no encontro entre Eduardo Leite (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) na residência de Kassab, em São Paulo, na semana passada não ficou com a menor dúvida: Leite será candidato à Presidência da República em outubro. Para isso, migrará de partido, deixando o PSDB — que terá João Doria, governador de São Paulo, como candidato ao Palácio do Planalto. Dória venceu as prévias contra o tucano gaúcho.