A boa notícia sobre a chegada das doses da vacina da Janssen (da Johnson & Johnson) contra a covid-19 ao Brasil traz também a preocupação quanto ao prazo enxuto de validade. É que os imunizantes devem desembarcar no Rio Grande do Sul, enviados pelo Ministério da Saúde, entre os dias 14 e 15 de junho (próxima semana). Contudo, as doses têm validade até o dia 27 de junho e precisam ser aplicadas impreterivelmente até esta data.
A coluna conversou com representantes do governo do Estado e da prefeitura de Porto Alegre sobre a necessidade de organização para a aplicação imediata das doses. Por conta deste detalhe, é provável que o Ministério da Saúde oriente a distribuição destas vacinas especificamente para as capitais, evitando, assim, que possam ocorrer atrasos ou imprevistos na logística.
À coluna, o diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, garantiu que a Capital imprimirá todos os esforços para aplicação e ressaltou que a prioridade é "salvar vidas".
— Nós não deixaremos vencer em hipótese alguma. Vamos usar tudo muito rapidamente, nem que para isso tenha que trabalhar de madrugada. Mas não vamos perder essa oportunidade. Vamos salvar vidas — assegurou.
Conforme informou a colunista Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, as doses da Janssen devem desembarcar na terça-feira (15) no Brasil, data que ainda não foi confirmada oficialmente pelo Ministério da Saúde.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, também trabalha com esta previsão de chegada: entre 14 e 15 de junho. Ela garantiu à coluna atenção ao prazo de validade e destacou que há uma vantagem importante deste imunizante em relação aos demais: a aplicação de uma única dose — portanto, não há necessidade de reserva de segunda dose para completar a proteção contra o coronavírus.
A previsão é que uma reunião nesta quarta-feira (9) entre os gestores estaduais trate sobre a chegada e a organização destas doses.