Há dois pontos fundamentais elencados pelo governador do Estado, Eduardo Leite, para a defesa do retorno às aulas presenciais no Rio Grande do Sul. Não significa dizer que o retorno é seguro, mas são argumentos importantes a serem considerados na discussão do tema. Um cronograma foi apresentado nesta terça-feira (1).
O primeiro argumento diz respeito ao desenvolvimento da sociedade e seus integrantes, a partir do ensino. O governador pontuou, em entrevista à Rádio Gaúcha nesta quarta-feira (2), que outras atividades já estão retornando (comércio, serviços), mas a educação é base para formação de indivíduos. É importante do ponto de vista social, portanto.
- Alguns especialistas até chamam a atenção: se tiver que reduzir circulação de pessoas, a educação não deve ser a primeira coisa. Eu entendo, as pessoas estão com receio. Temos que proteger nossas crianças. Mas são seis meses de paralisação de atividades, tantas outras estão voltando, e a educação que é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade, de seres humanos e de futuros adultos, (a educação) ser pensada como algo supérfluo não é razoável - afirmou.
Leite não é irresponsável ao propor a volta às aulas. Ele tem absoluta consciência sobre a importância de regras e protocolos a fim de promover um retorno seguro. Tanto que tem reunido especialistas e representantes médicos para entender quais medidas devem ser adotadas nas escolas. O governador também assegurou que as aulas serão suspensas se a região for classificada em bandeira vermelha.
O outro ponto elencado pelo governador diz respeito ao processo de formação e desenvolvimento cognitivo das crianças. Daí, segundo ele, a importância de retomar as aulas na Educação Infantil:
- A criança que teremos no ano que vem, em março, não será a mesma que temos agora. Alguns estímulos precisam ser promovidos agora - explicou.
Como mostrou GaúchaZH, a restrição de atividades presenciais deixa de existir para a Educação Infantil na próxima semana, no dia 8 de setembro (veja o calendário completo aqui). Isso não significa que todas as escolas devem levar os alunos para as salas de aula: depende, além da cor da bandeira, da decisão das prefeituras – que podem adotar regras mais rígidas –, das próprias escolas e dos pais.