Dos três senadores gaúchos que desde o início se mostraram contrários à indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, para embaixada brasileira nos Estados Unidos, um deles mudou de opinião. Na última sexta-feira (26), em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha, Luis Carlos Heinze (Progressistas) abordou seu novo posicionamento, agora favorável ao nome de Eduardo como embaixador. Em 17 de julho, o senador havia afirmado à coluna que se fosse o filho dele, "não faria essa indicação", acrescentando que o presidente "não precisava comprar essa briga". A coluna buscou saber os motivos que o fizeram mudar de ideia nove dias depois.
Colegas na Câmara
O senador Luis Carlos Heinze diz que conhece bem Eduardo Bolsonaro, especialmente pelo fato de terem sido colegas na Câmara dos Deputados. "Ele está completamente alinhado com as políticas liberais que nosso país tanto precisa", defende.
Preparo e família
O senador também resolveu defender o preparo que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, tem para exercer a função. "Além de ser o deputado federal mais votado do país, ser um político influente, ele possui excelente trânsito nas relações institucionais, desde o início do governo Trump", argumentou. Heinze acredita que esta relação (família Trump e família Bolsonaro) vai beneficiar o Brasil nas negociações bilaterais com os americanos. "O fato de ser filho do presidente, só tende a contribuir nesta conexão", sustenta, em seu novo posicionamento.
Ideologia
Heinze também fez questão de frisar a postura ideológica defendida por Bolsonaro e seus filhos. E rechaçou indicações passadas, segundo ele, de nomes ideologicamente "de esquerda". O senador acredita que a indicação de Eduardo Bolsonaro faz parte do projeto do presidente para um novo Brasil, favorecendo a aplicação de temas defendidos pela direita brasileira e afastando pensamentos de esquerda. "Precisamos pensar no desenvolvimento do país, bons frutos virão a partir desta relação com os Estados Unidos".