Escolhida para ocupar o posto mais alto da Polícia Civil no Estado a partir de 2019, a delegada Nadine Anflor já tem em mente planos para colocar em prática em sua gestão. Uma das novidades: criar a delegacia de combate à intolerância, com foco no antedimento às vítimas de intolerância racial, religiosa, quanto à orientação sexual, entre outros.
A novidade foi anunciada durante entrevista ao programa Gaúcha Faixa Especial deste domingo (30). Nadine definiu uma de suas prioridades: qualificar o atendimento às vítimas no Estado. Ela disse se sentir honrada em comandar uma instituição como a Polícia Civil gaúcha, com uma "história tão bonita", construída ao longo de 177 anos. Ela faz questão de ressaltar que a instituição é reconhecida como a "melhor polícia civil do Brasil".
— Na polícia Civil a gente diz que missão dada é missão cumprida. E queremos continuar a fazer o trabalho excelência feito por agentes e por delegados, por todos os meus colegas. E, claro, também dar uma cara nova — afirmou.
Faz parte dessa 'cara nova' criar a delegacia de combate à intolerância, que fará parte do recém criado Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis.
— É um departamento novo, que foi criado agora, e a gente vai justamente começar com uma dessas missões. Esse departamento vai abarcar todas as delegacias da mulher, todas as delegacias do idoso, o Deca (Departamento Estadual da Criança e do Adolescente), e também uma delegacia nova, uma delegacia que combate à intolerância.
Nadine Anflor explicou, sobre a nova delegacia, que a intenção é estabelecer a estrutura em Porto Alegre, como um projeto piloto. A ideia é permitir um acolhimento "a essa população vulnerável".
— (Atenderá a casos de) discriminação racial, discriminação religiosa, homossexual. Não existe ainda (a delegacia), mas a gente vai criar. É a delegacia de combate à intolerância. Dentro do departamento de grupos vulneráveis. Então é um grande departamento que vai ter esse olhar diferenciado — contou.
Questionada sobre o projeto específico, a futura chefe da Polícia Civil disse ter ciência do tamanho do desafio e reforçou a ideia de focar no atendimento às vítimas:
— A gente quer começar. Porto Alegre vai ser esse grande modelo, vai receber esse projeto piloto. A gente tem que começar a olhar pra vítima — afirmou.