Está nascendo uma nova orquestra no Rio Grande do Sul. Por si só, esta já é uma grande notícia, mas a novidade é ainda mais especial, por envolver um município do interior do Estado, onde nem sempre há músicos, apoio e dinheiro suficientes.
Nesta quarta-feira (24), às 20h, a Orquestra Filarmônica de Cachoeira do Sul, na Região Central, fará a sua estreia em um dos clubes mais tradicionais da cidade, a Sociedade Rio Branco.
Com direção artística e regência de Dilber Alonso, o concerto vai homenagear os 200 anos da imigração alemã e os 150 anos da colonização italiana no Rio Grande do Sul, com criações de compositores como Gustavo Goltz e Ennio Morricone e a apresentação de duas obras inéditas, apresentadas pela primeira vez ao público.
Mas e a orquestra? É uma filarmônica, porque não depende de verbas públicas, ou seja, é fruto de iniciativa privada. No momento, não há nenhuma empresa ou pessoa física patrocinando a formação. O grupo pretende se manter com o valor arrecadado na venda de ingressos.
Não será fácil, mas Alonso diz que a força dos integrantes e o desejo de que a ideia prospere supera qualquer dificuldade pelo caminho.
— É um sonho coletivo. Já temos cerca de 30 músicos, todos de cidades próximas, formados nas universidades federais de Santa Maria e de Pelotas. São profissionais de cidades como Cachoeira, Santa Maria, Agudo, Paraíso do Sul e Novo Cabrais, e a maioria acaba indo trabalhar em Porto Alegre porque faltam oportunidades. Alguns inclusive atuam na Orquestra do Theatro São Pedro. É essa realidade que queremos mudar, para que eles também possam ter onde trabalhar aqui — explica o maestro, dono de uma escola de música na região.
Mais informações sobre a orquestra e sobre a estreia podem ser obtidas pelo telefone/WhatsApp (51) 98534-5323 ou pelo perfil @filarmonicadecachoeira no Instagram.