Descobri, dia desses, que anda ganhando adeptos no mundo uma modalidade esportiva inventada na Suécia chamada “plogging”.
Mistura de "plocka upp" (pegar, em sueco) com "jogging" (corrida, em inglês), “plogging” nada mais é do que uma atividade que une corrida com coleta de lixo - ideia que, aliás, só podia ter sido formalizada naquele país.
Lá, gestão de resíduos é coisa séria. Já destaquei isso aqui: desde 2011, menos de 1% das sobras domésticas produzidas pelos suecos acabam em aterros. A maior parte é usada para gerar eletricidade e aquecimento nas residências e para originar biocombustível para os ônibus. Quase tudo é reciclado e reutilizado em benefício da sociedade e do meio ambiente.
Voltando ao “plogging”, a iniciativa surgiu a partir de um apaixonado por corridas que decidiu, um dia, catar o lixo que encontrava pelo caminho durante o exercício físico diário em Estocolmo. Ele criou um grupo no Facebook para estimular o hábito. Deu tão certo, que a proposta acabou ultrapassando fronteiras.
Aqui, tem muita gente que faz isso há tempos, mesmo saber que tinha esse nome e sem nunca ter passado nem perto da Suécia. Talvez você seja um dos praticantes: principalmente durante o veraneio, sempre tem alguém caminhando ou correndo à beira-mar e recolhendo a sujeira alheia para levar até a lixeira mais próxima.
Tomara que essa moda pegue, não só na praia e na hora do esporte, mas também nas atividades do dia a dia, na cidade, nos caminhos que a gente faz no cotidiano. O lixo do outro, no fim das contas, também é nosso, porque o planeta é um só - não existe "jogar fora", estamos todos "dentro".
Eu não sou muito chegada nas corridas, confesso, mas gosto de andar de bicicleta. A partir de agora, vou levar sempre um saquinho de lixo comigo.