Tem novidade no muro da Avenida Mauá, em Porto Alegre: a PUCRS acaba de inaugurar um trecho verde no paredão, onde passou a marcar, em tempo real, a neutralização de CO2 (o gás causador do efeito estufa) pelo Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza Pró-Mata.
O órgão fica uma área de conservação ambiental da universidade localizada em São Francisco de Paula, nos Campos de Cima da Serra, que foi convertida em Reserva Particular do Patrimônio Natural Federal em 2019. São 2,2 mil hectares de biomassa florestal, que capturam, diariamente, segundo medições de cientistas, 14,5 toneladas de carbono.
De acordo com parecer técnico do professor Nelson Ferreira Fontoura, diretor do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS, a estimativa leva em conta tanto o potencial das matas primárias quanto secundárias (em processo de sucessão ecológica) existentes no território, que possui, ainda, com cerca de 160 hectares de campos nativos.
Como a área do Pró-Mata foi adquirida em 1993 e é protegida desde então, Fontoura estima a captura total de pelo menos 160 mil toneladas de carbono até agora. Em bom português, isso significa uma baita contribuição frente às mudanças climáticas e ao aquecimento global. O CO2 é produzido, por exemplo, a partir da queima de combustíveis fósseis, de atividades industriais e da agropecuária, agropecuária, do desmatamento e de queimadas.