Aos 8 anos, Luiza dos Santos Ferreira é um exemplo de cuidado com uma doença crônica, silenciosa e incurável, mas que pode ser controlada se for diagnosticada cedo. Ela é uma das 4,5 mil pessoas atendidas pelo Instituto da Criança com Diabetes (ICD) no RS e está engajada na campanha mundial dedicada ao tema em novembro.
Moradora de São Leopoldo, no Vale do Sinos, Luiza é diabética desde os 4 anos e sabe exatamente o que fazer em todas as situações: aprendeu a conhecer o próprio corpo, a identificar os sintomas da glicemia alta e até a aplicar a insulina. Desde o início do mês, ela está ensinando outras crianças, nas redes sociais do ICD (veja abaixo), a medir o nível de açúcar no sangue e a injetar o medicamento . Além de ser uma graça, é uma inspiração.
— Oi, eu sou a Luiza! E agora eu vim ensinar para vocês quando a glicemia tá alta. Quando a glicemia tá alta, tem de aplicar a caneta, que é a insulina. Aí fica bem. Se a glicemia tá alta, dói o peito, o pezinho, a perna ou dói a cabeça — explica ela em um dos vídeos publicanos o perfil do ICD no Instagram (@institutodacriançacomdiabetes).
Segundo dados do instituto, estima-se que no Rio Grande do Sul existam ao menos 9 mil pessoas entre zero e 20 anos convivendo com a enfermidade de tipo 1. O ICD atua na área há 18 anos, oferecendo atendimento a crianças e adolescentes de diferentes municípios gaúchos, de forma gratuita, via SUS - entre eles em Porto Alegre (982 atendidos), Canoas (209) e Gravataí (203).
Neste ano, a campanha Novembro Diabetes Azul tem como tema o lema “educar para proteger o amanhã”. É o que Luiza está ajudando o ICD a fazer.
— A educação em diabetes faz parte do tratamento. Nossa experiência, em 18 anos de atendimento, mostra que é possível as pessoas controlarem o diabetes e não serem controladas por ele — diz o médico endocrinologista Balduino Tschiedel, diretor presidente do ICD.
Para apoiar o ICD, acesse o site www.icdrs.org.br.