Marlete Sornberger e João Gabriel Kohl fazem parte do contingente de pequenos produtores rurais que contribui para a preservação da agrobiodiversidade no Rio Grande do Sul, com o apoio de entidades como a Emater e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado (Fetag). Moradores de Quinze de Novembro, eles são guardiões das sementes crioulas e marcam presença no pavilhão da Agricultura Familiar da Expointer, vendendo grãos orgânicos ancestrais.
— O que fazemos é resgatar sementes tradicionais da nossa região, não-transgênicas, que eram plantadas no passado — explica Marlete.
A intenção é perpetuar a tradição e evitar que essas sementes se percam.
Na banca do casal, tem de tudo: desde grãos crioulos de produtos como feijão, cenoura, vagem e moranga até do milho branco cultivado pelo avô de Marlete, que segue passando de geração em geração.
No RS, o trabalho de preservação também vem sendo feito, com ótimos resultados, pela Embrapa Clima Temperado. Nesse caso, produtores doam sementes para o Banco de Germoplasma da entidade. Parte delas é encaminhada ao Centro Nacional de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa em Brasília. Outra parte fica no banco regional para ser pesquisada, armazenada e, eventualmente, distribuída a outros guardiões.