Confesso: eu estava com a quarta dose da vacina contra a covid-19 atrasada. Como muitos de nós, não havia conseguido tempo para ir até o posto, mas, ao ver as últimas notícias sobre a quantidade de gente nessa situação, decidi me mexer. Não dá para procrastinar quando o assunto é saúde.
Até a manhã desta terça-feira (12), segundo dados oficiais (acompanhe no site vacina.saude.rs.gov.br), cerca de 680 mil pessoas no Rio Grande do Sul estavam com a segunda dose em atraso e em torno de 2,7 milhões ainda não haviam feito a terceira aplicação, mesmo tendo direito.
Em relação à quarta dose (que avança aos poucos, conforme a faixa etária), o número de retardatários, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, passava de 2,3 milhões.
Levando em conta que o esquema vacinal básico envolve ao menos três aplicações, cerca de 60% dos gaúchos estão em dia. Ok, mas e os outros 40%? É muita gente, sendo que 6% da população sequer buscou a primeira dose.
As pessoas que até agora não se vacinaram, dificilmente farão isso - seja por desconfiança, negacionismo ou qualquer outra razão. Quanto às demais, a volta à normalidade parece ter diluído as preocupações. E isso é um risco. É sempre bom lembrar que foi graças à imunização que pudemos retomar nossas atividades. Só depois das vacinas, as mortes em massa tiveram substancial redução.
Ao receber a minha quarta dose, encontrei fila na UBS Santa Cecília, em Porto Alegre, e fiquei feliz com isso. Há mais gente, afinal, se dando conta de que não dá para deixar a saúde para depois.