Mais do que um negócio turístico, a Estação Campos de Canella, na Serra, completa três anos de concessão pública como espaço de conservação da memória e de divulgação da cultura local. Em operação desde 2019, a gare revitalizada atrai cerca de 50 mil visitantes por mês a Canela.
A estrela do projeto - criado pela Incorporadora Novalternativa - é a histórica locomotiva La Meuse, fabricada na Bélgica em 1909. Hoje, os vagões e o prédio (que por décadas sofreram com a ação do tempo e dos cupins) abrigam lojas, restaurantes, feiras, atividades artísticas e a primeira rua coberta da cidade. A proposta é inspirada na restauração da estação de King’s Cross, em Londres.
No passado, a chegada do trem à Serra ajudou a desenvolver a região e a transformar os municípios em áreas de veraneio (muita gente ia para lá nos meses mais quentes em busca do clima ameno). A ferrovia funcionou entre 1924 e 1964.
— Há quase 100 anos, esse é um local turístico, e manter a memória é uma das nossas maiores funções. Apresentamos um pouco da história da região, mostrando uma versão contemporânea do que a cidade pode oferecer — diz Fernando Bassani, diretor do projeto.
Anota aí
O espaço conta com 28 negócios em operação, que empregam 230 pessoas e trabalham com 520 fornecedores diretos. Desses 28 empreendimentos, apenas dois não são oriundos de empresas da região. A previsão é de que mais dez atividades entrem em funcionamento no local ao longo de 2022. Para saber mais detalhes, acesse estacaocanella.com.br.
