Desde que caiu a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos e fechados, como no caso de Porto Alegre, reações nada empáticas - para dizer o mínimo - vêm chamando a atenção nas redes sociais e fora delas. Gente que decidiu continuar usando a proteção individual está sendo alvo de insultos e de cara feia.
Custo a acreditar nisso, mas é verdade. Curioso é que muitos dos que aprovam a decisão das autoridades embasam os argumentos na defesa da liberdade individual. Cada um, afinal, sabe o que é melhor para si e para os seus. É verdade. Então, por que não respeitar a decisão do outro?
Para deixar claro: desobrigação não significa proibição e muito menos não recomendação. Pelo contrário. Há casos em que infectologistas orientam fortemente a manutenção da máscara, em especial entre imunossuprimidos.
Quando alguém critica um indivíduo por seguir se protegendo, não imagina que pode ali pode estar alguém com alguma doença grave? Ou que aquela pessoa pode ter um familiar enfermo - com câncer, por exemplo - em casa?
O problema é que tudo, no Brasil, virou motivo para embate e agressividade. Passou da hora de mudarmos isso. Cautela e canja de galinha - já diziam nossos avós - não fazem mal a ninguém.
Da minha parte, ao menos por enquanto, pretendo seguir cobrindo nariz e boca em locais fechados e com aglomerações. Espero respeito, assim como acredito que as pessoas que agem de forma diferente também merecem ser respeitadas. Sempre.