Com papel vital no fomento de pequenos e médios negócios no Rio Grande do Sul (inclusive para a saída da crise), o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publica hoje o balanço financeiro de 2021 com um recorde histórico de novos financiamentos. Foram R$ 4,1 bilhões em operações de crédito. A instituição também registrou lucro líquido de R$ 266,6 milhões.
É o segundo melhor resultado nominal alcançado pelo banco na série histórica iniciada há duas décadas, superando em 33,8% o valor apurado em 2020. Mas o mais importante, quando se olha para esses números, é o seguinte: com isso, o BRDE conseguiu atingir 10,7% de operações com recursos próprios. Isso ampliou a capacidade do banco de prestar apoio, em especial, às empresas de menor porte, em um momento de retomada da economia. Para muitas, a oferta de crédito foi fundamental para a sobrevivência.
— Considerando que vivemos em 2021 um cenário econômico ainda com fortes impactos da pandemia, é um resultado muito expressivo - resume a diretora de operações do banco, Leany Lemos, que presidiu a instituição até novembro de 2021 (e foi a primeira mulher a ocupar o cargo).
Só aqui no Estado, a soma de novos investimentos chegou a R$ 1,42 bilhão, um crescimento de 24,5% em relação ao ano anterior. Os principais beneficiados foram os setores da indústria (R$ 391,2 milhões) e do agronegócio (R$ 345,6 milhões). Motores da economia, produtores rurais e cooperativas localizadas no RS receberam R$ 54 milhões acima do registrado em 2020.
Não custa lembrar: o BRDE é uma instituição financeira pública de fomento, controlada pelos três Estados do Sul, com autonomia financeira e administrativa. Está presente em 1.092 municípios no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, o que representa 91,4% das cidades da região.
A SABER
Em 2021, o BRDE criou o programa Empreendedoras do Sul, lançado com o objetivo de apoiar empresas com mulheres no comando (ou com mínimo de 40% de sócias) e produtoras rurais. Só no RS, foram cerca de 50 contratos, com a liberação de R$ 43 milhões em empréstimos - uma média de R$ 810 mil por transação. O banco também se tornou o primeiro organismo de fomento do país a receber o selo Women On Board.