No rastro de novas ideias que possam ser aplicadas no Rio Grande do Sul, uma comitiva do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, foi a Israel para conhecer iniciativas de ponta na medicina. A missão envolve o Centro de Inovação Atrion, criado pela instituição para conectar startups (novos negócios com propostas inovadoras) a grandes empresas do setor de saúde.
A missão, que dura 10 dias e se encerra no fim desta semana, tem à frente o superintendente médico do Moinhos, Luiz Antonio Nasi, e o coordenador do Núcleo de Hemodinâmica, Marco Wainstein. Eles visitaram o Sheba Medical Center, complexo de dois mil leitos ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de Tel Aviv, e o Hospital Hadassah, de Jerusalém.
A agenda incluiu, também, conversas com representantes de "healthtechs" (empreendimentos que buscam soluções tecnológicas no setor) e com o embaixador do Brasil em Israel, Gerson Garcia de Freitas, sobre temas como a pandemia e a ampliação das relações entre os dois países.
— Israel é conhecida como a Startup Nation (nação das startups) por estar sempre incubando e desenvolvendo novas alternativas nas mais diversas áreas da vida moderna. O país tem um sistema de saúde avançado, qualificado, de ponta, e consegue testar e aprovar com maior facilidade as inovações — diz Nasi.
Chamou a atenção dos médicos gaúchos a experiência dos israelenses no cuidado aos pacientes cardíacos, além da aposta na medicina ambulatorial (que foca em problemas comuns de saúde, ainda na atenção primária). No Sheba, por exemplo, a implantação do chamado “Hospital Dia” para pessoas com insuficiência cardíaca reduziu em até 70% as reinternações.
A SABER
O “Hospital Dia” é uma modalidade de assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, que reúne em um período máximo de 12 horas uma série de procedimentos (clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos), em geral com agendamento prévio.