À frente do Dionisia, bar de Porto Alegre com 64 torneiras de vinho (é isso mesmo!), a empresária Jaqueline Meneghetti é expert em captar tendências. Além de perceber um interesse maior dos consumidores por rótulos locais, Jaqueline tem confirmado, na prática, um outro fenômeno interessante: a curiosidade crescente por opções com baixo (ou até mesmo nenhum) teor alcoólico.
Entram na lista os tintos de verão (mais leves e despretensiosos, como o My Red, produzido pela Estância Paraizo, de Bagé), os rosés (que deslancharam de vez no Brasil e andam bombando) e os tradicionais brancos, além dos Mocktails - os famosos coquetéis sem álcool.
Entre eles, um dos destaques no Dionisia é o Botanic (foto abaixo), com ingredientes como xarope de vinho verde, ervas finas aromáticas (como alecrim, tomilho e hortelã) e licor de flor de sabugueiro.
— É claro que ainda há o consumidor mais conservador, que busca vinhos encorpados e com maior complexidade, mas os mais consumidos hoje são os fáceis de beber, por isso vemos o aumento da procura por rosés, brancos e tintos leves, isso tudo sem falar, é claro, dos coquetéis, uma outra categoria. Na Europa, por exemplo, o gosto por bebidas com redução de álcool já é algo consolidado. Aqui, estamos no caminho — diz Jaqueline.
O consumo em taça é mais uma tendência em curso, que permite a experiência de conhecer distintas marcas e - o que é mais importante - provar um pouco de tudo.