A retomada da demolição do prédio conhecido como Esqueletão completou um mês na última sexta-feira (4). Essa etapa consiste na desmontagem da parte de trás do edifício, do primeiro ao quarto andar.
De acordo com o secretário municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), André Flores, essa parte da obra em andamento, deve atrasar um pouco. Quando a movimentação dos operários no local voltou a ocorrer, a expectativa da prefeitura era ver essa etapa finalizada em 40 dias; o prazo vence em 14 de outubro.
Enquanto essa parte da demolição não termina, a demolidora FBI precisa solicitar autorização para poder executar a segunda fase da obra. Esse encaminhamento precisa ser feito no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o que ainda não ocorreu.
A próxima parte da demolição consiste em derrubar os sete pavimentos da parte da frente do prédio e do 11⁰ ao 19⁰ andares. Antes de iniciar essa etapa, a empresa tem de instalar telas no entorno do imóvel.
Quando isso ocorrer, integrantes da Superintendência do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul poderão ser chamados para fazer nova inspeção. Somente após a nova autorização, a obra poderá avançar.
Segundo Flores, a empresa deve protocolar, em breve, a nova etapa da demolição. Até lá, e após concluir a atual desmontagem, apenas serviços paliativos serão executados.
Implosão
A implosão dos 10 andares restantes é a última etapa. E a empresa também precisará pedir autorização para executá-la.
Novela
O processo para desmonte do prédio começou em janeiro, mas foi embargado em fevereiro. Em agosto, a empresa conseguiu autorização para retomar o trabalho, o que se viabilizou em setembro. A demolidora prevê concluir a obra em dezembro.
Depois da demolição
Ainda não se sabe o que será feito com o terreno após a demolição do Esqueletão. O prédio tem cerca de 50 proprietários e há dívidas em IPTU. Em setembro de 2021, a Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) avaliou o imóvel em cerca R$ 3,4 milhões.
Já o custo da demolição será de R$ 3,79 milhões, que está sendo arcado pela prefeitura de Porto Alegre. Quem irá dizer como a administração municipal será ressarcida e qual será o futuro do terreno será o Judiciário.
Inacabado desde a década de 1950, o Esqueletão já foi interditado administrativamente pela prefeitura em pelo menos duas ocasiões, nos anos de 1988 e 1990. Também já houve interdição judicial em 2019.