Depois de quase dez anos, Porto Alegre voltará a ter monitoramento do ar. Nesta quinta-feira (3), três empresas apresentaram proposta para prestar o serviço na Capital.
A empresa Aires Serviços Ambientais, do Espírito Santo, apresentou valor mais baixo: R$ 2,94 milhões. A proposta foi R$ 1,1 milhão inferior ao que a prefeitura havia projetado gastar.
Caberá à empresa instalar seis estações de monitoramento, sendo uma delas móvel, a fim de monitorar a qualidade do ar e condições meteorológicas. Ela também precisará fazer a manutenção e operação dos equipamentos, além de gerar relatórios e disponibilizar os dados na internet. O contrato terá duração de quatro anos, podendo ser renovado por mais seis.
As estações serão instaladas nos bairros com maior risco de sofrerem ondas de calor, locais com grande fluxo de veículos, áreas com adensamento expressivo e entradas e saídas da cidade. Entre eles estão: Bom Jesus, Vila João Pessoa, Bom Fim e Cidade Baixa, além do Centro Histórico.
As estações deverão monitorar continuamente os seguintes poluentes atmosféricos: dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono, ozônio e material particulado (PM2,5 e PM10); e os seguintes parâmetros meteorológicos: temperatura, pressão atmosférica, precipitação pluviométrica, umidade relativa, velocidade do vento, direção do vento e radiação total. Além dos poluentes atmosféricos, as estações deverão fornecer dados horários e monitorar continuamente o dióxido de carbono (CO2).
Desde 2015 Porto Alegre não possui estações de monitoramento da qualidade do ar. Hoje, o Rio Grande do Sul tem estações automáticas somente em Canoas, Esteio, Gravataí, Guaíba e Triunfo. O Estado já chegou a contar com 17 estruturas.
O investimento nas estações havia sido anunciado na COP 28, conferência global do clima, em dezembro de 2023, e tinha previsão de lançamento no primeiro semestre deste ano. Porém, em razão da enchente no mês de maio, foi adiado para a segunda metade de 2024.