Quem trafega pela Avenida Ipiranga e está atento à sinalização, percebeu que, em alguns trechos, as placas indicando o espaço exclusivo para ônibus estão cobertas por sacos plásticos. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), nestes locais, os demais veículos também podem usar essa faixa de tráfego.
Estes pontos são identificados próximo das ruas Ramiro Barcelos e São Manoel, no sentido Centro-bairro, e entre as ruas Lucas de Oliveira e Silva Só, no sentido bairro-Centro. Isso ocorre porque, segundo a EPTC, ciclistas seguem usando a ciclovia e a faixa da esquerda da Ipiranga.
O compartilhamento entre todos os veículos vai seguir liberado por tempo indeterminado. Enquanto as placas permanecerem cobertas, não há risco dos motoristas serem autuados nestes locais por trafegarem no espaço dos ônibus.
A eliminação da faixa de ônibus nestes trechos havia ocorrido quando a EPTC criou uma faixa para bicicletas na Avenida Ipiranga nos locais onde os taludes do Arroio Dilúvio levaram parte da ciclovia.
Para que não houvesse congestionamento na região, os veículos foram autorizados a usarem a faixa dos ônibus. Porém, a mudança não durou nem 24 horas.
Blocos de concreto foram instalados na ciclovia, entre as avenidas João Pessoa e Salvador França. O objetivo é evitar que os ciclistas usem o espaço até que os taludes do Dilúvio sejam recuperados. Enquanto isso, as bicicletas devem usar a calçada, nos trechos que foram sinalizados para uso.
Uma licitação foi aberta para contratar empresa que vai fazer as primeiras intervenções. Os trechos escolhidos pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) foram apontados sob os numerais 4 e 5.
O primeiro local onde o talude cedeu fica na esquina entre a Ipiranga e a Rua São Manoel, região do antigo ginásio da Brigada Militar (BM). A segunda área selecionada para manutenção fica em frente ao Planetário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).