O governo gaúcho deu a largada para o início da cobrança de pedágio sem a necessidade das praças físicas de pedágio nas rodovias estaduais. A concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) vai iniciar a troca do modelo antigo para o mais recente, conhecido como free flow, já a partir de setembro.
A experiência começará pelo pedágio da RS-122, em Flores da Cunha, mas se estenderá para a outra existente em Portão e para as quatro novas que serão instaladas nos próximos meses. Pelo cronograma anunciado, já a partir de dezembro, quem passar pela região do quilômetro 100 utilizará o sistema, que, nos primeiros dois anos, não irá refletir em alteração no valor pago. A tarifa paga atualmente não muda, ou melhor, sofrerá os reajustes anuais estipulados em contrato.
Além dos seis pontos de cobrança estipulados em contrato, a CSG poderá ter vários pórticos proporcionando que o motorista pague por trechos percorridos. Essa mudança ocorrerá a partir do terceiro ano de funcionamento do sistema.
Mas como se dará essa implementação? O próprio governo e a concessionária têm ainda questionamentos sobre essa nova forma de se cobrar pedágio.
Como será a cobrança?
Um pórtico é instalado na pista. Câmeras vão captar a placa e identificar o tipo de veículo quando ele passar pelo ponto de cobrança. Quem tem Tag de pedágio instalado no para-brisa do carro já paga imediatamente o valor do pedágio. Para esse público haverá desconto de 5% na quitação.
Se não tenho a Tag, como faço o pagamento?
A partir da passagem pelos pórticos, o usuário terá até 15 dias para fazer o pagamento da tarifa. Ele poderá, por exemplo, entrar no site ou aplicativo da concessionária, informar a sua placa, emitir a fatura e quitar o débito.
Se não tenho acesso à internet, como pago?
O governo anunciou que a concessionária terá pontos de parada na rodovia que proporcionarão a oportunidade da quitação dos valores devidos. Além disso, parcerias com estabelecimentos comerciais conveniados também poderão ocorrer.
O que acontece se o pedágio não for pago em 15 dias?
A penalidade é a mesma que a atual. Se o valor não for pago, o proprietário do veículo será multado por evasão de pedágio, que é considerada como uma infração grave.
Se houver queda de receita da concessionária, o prejuízo é arcado pela concessionária ou o contrato estipula que poderá haver gatilhos para recomposição?
De acordo com o secretário estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, o risco é da concessionária. Além disso, os valores das multas pela evasão de pedágio serão repassados para a empresa.
A partir do terceiro ano, onde serão instalados os futuros pórticos?
Ainda não se sabe. Caberá à concessionária fazer essa avaliação, com validação do governo do Estado.
Quando isso ocorrer, o valor do pedágio irá reduzir?
O pagamento será fracionado. O governo apresentou um exemplo: uma rodovia de 60km de extensão, tem um ponto de cobrança no valor de R$ 10. Quando ocorrer a instalação de mais pórticos, um a cada 15 quilômetros, o montante pago será de R$ 2,50.