A prefeitura de Porto Alegre comunicou as empresas de ônibus que autoriza o religamento do ar-condicionado nos 690 veículos do transporte público. A medida estará em vigor a partir de segunda-feira (19).
A ligação será gradativa em função de questões técnicas. Os veículos que estiverem em condições já circularão com refrigeração. Aqueles que necessitarem passar por manutenção, a prefeitura deu prazo de religamento até 1º de janeiro.
Os custos do uso serão arcados pela prefeitura. Na segunda-feira (13), a coluna divulgou que os gastos variavam entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão. O ar-condicionado nos ônibus estava desligado desde março de 2020, por causa do coronavírus.
- Fizemos uma discussão interna na gestão, com a saúde e também com as operadoras. Em um esforço de caixa, a prefeitura arcará com o custo mensal de R$ 826 mil para que os usuários tenham mais qualidade no transporte durante esses meses de calor intenso -, afirma o prefeito Sebastião Melo.
Em outubro de 2022, com a primeira onda de calor, a expectativa era de que e decisão seria tomada para entrar em vigor ainda neste ano. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana fazia avaliações técnicas e financeiras.
Somente neste ano, a prefeitura anunciou que repassaria R$ 100 milhões dos cofres públicos para o setor. O aumento do diesel de mais de 30% puxou ainda mais para cima as previsões de gastos.
Recentemente, o governo federal repassou R$ 25 milhões como forma de ajuda ao transporte público da Capital. Os valores são do auxílio emergencial à gratuidade de idosos. O montante anunciado é abaixo dos R$ 75 milhões previstos inicialmente pela prefeitura.
Fevereiro de 2023 é quando o reajuste da passagem de ônibus de Porto Alegre voltará a ser discutido. E os gastos com ar-condicionado poderão impactar na tarifa. O aumento do salário dos rodoviários é, principalmente, que irá definir quanto mais a administração municipal seguirá arcando para manter a tarifa em R$ 4,80.