A partir do diálogo e da negociação, a prefeitura de Porto Alegre decidiu estender novamente o prazo. Dessa forma, lojistas do Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico, vão ter mais tempo para deixar os espaços que ocupam.
Pela previsão anterior, os comerciantes precisariam concluir as mudanças até terça-feira (15). Porém, de acordo com a Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), a data foi ampliada até quinta-feira (17).
"Alguns ocupantes do Viaduto Rocha estão deixando o local entre hoje (16) e amanhã (17). A administração municipal está fornecendo o transporte para auxiliar na realocação dos materiais para os novos espaços. A partir desta quinta-feira (17), quando finda o prazo acordado, a gestão definirá o encaminhamento final", diz nota enviada pela assessoria.
Este encaminhamento citado é o ingresso de ação na Justiça para garantir a reintegração de posse. Segundo apurou a coluna, dos 36 espaços, 16 comerciantes já deixaram o local, 12 ainda precisam sair, quatro espaços não tiveram os ocupantes localizados até o momento, e outros quatro lojistas não pretendem sair pacificamente. Durante esta quarta-feira, ao menos quatro comerciantes concluíram o processo de mudança para novos espaços.
Somente após decisão judicial é que as obras serão iniciadas. O contrato que prevê a revitalização foi assinado em julho com a empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia. Em 4 de novembro, a ordem de início dos trabalhos foi dada pelo prefeito Sebastião Melo.
Não há certeza de quando será possível ter as primeiras ações em execução. Porém, a prefeitura estima que a revitalização possa começar ainda em novembro.
As obras irão durar um ano e meio. O investimento na reforma será de R$ 13,7 milhões. Todo o revestimento característico do viaduto – chamado de cirex – será substituído. Atualmente, as paredes do viaduto estão cobertas por pichação.
Além da recuperação da estrutura, estão previstas reformas nas as instalações elétricas, telefônicas, sistemas de segurança e iluminação pública. A obra também permitirá a reativação das escadarias internas do viaduto, hoje inacessíveis ao público.
A revitalização será executada com recursos recebidos da Corporação Andina de Fomento (CAF) para recuperar a orla do Guaíba. A última vez que o viaduto de 270 metros de extensão foi recuperado foi em 2001.
