O incêndio que atingiu o prédio da Secretaria Estadual da Segurança Pública, em Porto Alegre durante a noite de quarta-feira (14) foi atendido de prontidão pelo 1° Batalhão de Bombeiro Militar. Os servidores também receberam apoio de outras cidades.
O combate foi prejudicado por um percalço que atingiu o maior caminhão da Capital - que atinge 30 metros de altura. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel César Eduardo Bonfanti, a auto-escada do veículo apresentou problemas durante a ação.
Ele não chegou a revelar qual foi o defeito. Porém, em abril, a coluna divulgou que este veículo, adquirido há 20 anos, apresenta manutenção e reposição de peças consideradas muito difíceis.
A prefeitura de Porto Alegre concluiu, recentemente, a licitação para compra de um novo veículo. Em julho ocorreu a homologação do resultado. Falta agora a assinatura do contrato, segundo a Secretaria Municipal de Segurança.
A empresa Iturri, que tem sede em Sevilla, na Espanha, apresentou a melhor proposta. Ela ofereceu entregar um caminhão com escada mecânica acoplada, com no mínimo 42 metros, por R$ 8,5 milhões. Após a assinatura, a empresa tem prazo de um ano e três meses para entregar o novo veículo, pois ele será fabricado.
O caminhão deverá ter capacidade de atender ocorrências em um edifício de até 14 andares. Na ponta da escada, haverá uma plataforma, que pode servir para alçar o bombeiro à altura necessária, a fim de realizar o combate a chamas mais perto do foco, ou para realizar o resgate de vítimas que estariam impossibilitadas de sair pelas escadas do prédio ou pelo elevador. Outra particularidade é que ele também poderá trabalhar abaixo do nível do solo.
O recurso para a compra do caminhão vem do Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Fumrebom). Ele é usado para auxiliar o reaparelhamento e funcionamento da corporação em Porto Alegre. Os valores arrecadados vêm de multas e taxas de serviços cobrados pela corporação em atuação na cidade, conforme leis de 1985 e 1997.
Ano passado, a prefeitura tentou realizar a compra, mas nenhuma proposta foi recebida na ocasião. Na ocasião, estava sendo oferecido R$ 5,3 milhões para a aquisição do veículo.