Correção: Diferentemente do que foi informado pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), a quantidade de ônibus correta que não saíram das garagens na quinta (1) e na sexta-feira (2), por falta de combustível, foi 36.
O transporte público de Porto Alegre está contando com ônibus a menos na rua desde quinta-feira (1). Ao todo, 36 veículos da empresa Trevo não cumpriram suas tabelas porque não havia diesel suficiente para eles - 18 em cada dia.
Segundo o gerente de Transporte da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Antônio Augusto Lovato, as demais empresas do Consórcio Viva Sul, que atende a zona sul de Porto Alegre estão tentando suprir a falta. Mas como têm menos veículos que a Trevo, só conseguiram realocar quatro ônibus.
- O problema de crédito das empresas é tão grande que tem fornecedor que está exigindo pagamento à vista - relata Lovato.
A Secretaria de Mobilidade Urbana de Porto Alegre (SMMU) diz ter recebido essa informação. Um processo administrativo será aberto para averiguar o caso.
"A SMMU ressalta que todos estes coletivos são de uma empresa de ônibus privada. Se for confirmada a irregularidade, a empresa será autuada por descumprimento de tabela horária", informa nota da secretaria.
Desde à meia-noite, a passagem de ônibus de Porto Alegre está custando R$ 4,80. O valor foi definido pelo prefeito Sebastião Melo. O valor é R$ 0,40 menor do que foi estipulado pelo Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu) e pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
O prefeito não confirmou como as empresas serão ressarcidas. O caso será levado pela ATP ao judiciário. O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Tribunal de Justiça tem mediado o assunto entre a prefeitura e as empresas.