Os planos traçados para a construção do novo Centro de Treinamentos (CT) do Inter, em Guaíba, foram revistos. Se a ideia anterior era definir, em 2020, uma forma de como garantir o investimento necessário para a realização das obras, esse cronograma foi alterado.
A pandemia, o andamento de outros projetos de interesse do clube, e a proximidade com as eleições para presidente e conselheiros vão acabar deixando para a próxima gestão que assumir o Colorado, decidir a forma de obter os R$ 70 milhões necessários para tirar do papel o projeto chamado de "Cidade do Inter".
De acordo com o vice-presidente de negócios estratégicos do clube, João Pedro Lamana Paiva, três reuniões para buscar uma forma de como o associado poderia participar foram realizadas, mas sem que fosse possível definir um caminho. Todos os projetos, documentos e relatórios serão entregues para a nova gestão. Enquanto isso, o Inter está cumprindo com as contrapartidas exigidas após ter recebido a área de mais de 736 mil metros quadrados do governo do Estado, aprovado pela Assembleia Legislativa.
Depois que as obras do CT do Inter forem iniciadas, elas deverão durar dois anos. Entre as primeiras melhorias que primeiro devem sair do papel está a instalação da bandeira do clube no local, a construção de um muro de 800 metros de extensão, e a terraplenagem do terreno. Além disso, serão construídos de 10 a 14 campos de futebol, um pórtico de entrada, dois prédios para alojamentos, sendo um para 80 jogadores da base e outro para 54 profissionais da equipe principal e comissão técnica.
Entre as contrapartidas definidas e já realizadas está a instalação de nova iluminação cênica externa no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), e no Palácio Piratini. Das que ainda serão realizadas estão a recuperação de campos de futebol de várzea indicados pela prefeitura de Guaíba e a reforma de escolas que serão realizadas com recursos do clube. O Inter aguarda as indicações dos imóveis para tratar das melhorias.
Os projetos que ganharam a frente no Inter foram a restauração do Gigantinho e a construção de duas torres no pátio do Beira-Rio. Um deles deverá abrigar um hotel, e outro, de 130m, o mais alto do Estado, poderá ser tanto comercial quanto residencial.