As unidades da Corsan em nove municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre estão sendo inspecionadas por drones. Técnicos da Ambiental Metrosul, empresa do Grupo AEGEA, estão fazendo um levantamento das estruturas que serão recebidas a partir de dezembro.
Com os drones, os bens são digitalizados e passam a fazer parte de um banco de dados. Enquanto uma equipe identifica e os marca com uma placa em QR code, especialistas coletam imagens em alta definição fazendo a cobertura completa das mais de 90 elevatórias e estações de tratamento de esgoto.
"As informações coletadas são cruzadas e processadas compondo um banco de dados que mostra onde está o ativo, de que tipo ele é, quantos são e se estão funcionando corretamente. O resultado são modelos tridimensionais de todas as instalações e informações facilmente acessadas pelos especialistas através de aplicativo", informa a empresa.
Em setembro começou a operação assistida do contrato de parceria público-privada (PPP), assinado em março. A empresa já começa a acompanhar as ações de saneamento da Corsan e, a partir de dezembro, será a responsável pelo investimento no setor em Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul e Viamão.
O contrato da PPP prevê investimento de R$ 1,77 bilhão. Aproximadamente R$ 370 milhões são para obras já em execução pela Corsan. O restante (estimativa de R$ 1,4 bilhão) é para investimentos, repartido em R$ 1,03 bilhão para expansão do sistema de esgoto e R$ 374 milhões para ações comerciais e operacionais.
O valor total que vai ser pago pelo governo é de R$ 6,92 bilhões, que serão quitados ao longo dos 35 anos de contrato de prestação de serviço.
Os nove municípios concentram mais de 1,5 milhão de pessoas, segundo estimativas do Executivo. A previsão é que, a partir de 2021, sejam executadas obras, como ampliação das estações de tratamento de esgotos.