Anunciada em fevereiro pelo governo gaúcho, a redução da tarifa nas praças de pedágio da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) que ocorreria para carros em abril é incerta. O motivo: a pandemia do coronavírus. Por enquanto, não há qualquer nova previsão. As discussões foram suspensas.
A intenção, segundo destacado, era proporcionar a mudança em abril. Carros pagariam 10% menos. Já os caminhões precisariam gastar 50% mais.
Em março, às vésperas da alteração, a autarquia anunciou a prorrogação do prazo para junho. O mês chegou ao fim e o assunto, atualmente, não está sendo tratado.
Aprovada em fevereiro pelo Conselho Gestor do Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas do governo do Estado, a nova tabela previa redução da tarifa para veículos de passeio. Os carros representam 82% dos pagantes do pedágio. No caso dos caminhões - que representam 18% - a projeção anunciada era de aumento de 51,8% nos valores.
Foi aplicado o critério adotado pela Agência Nacional dos Transportadores Terrestres (ANTT) na tabela simples de multiplicador de eixos dos pedágio das rodovias federais, como ocorre no contrato com a CCR ViaSul na BR-386 e na BR-101, no Rio Grande do Sul. A mudança nas tarifas não afeta motos, que continuam isentas.
A redução nos valores foi anunciada que seria aplicada em 12 das 14 praças da EGR: Boa Vista do Sul, Candelária, Coxilha, Cruzeiro do Sul, Encantado, Flores da Cunha, Gramado, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, Três Coroas, Venâncio Aires e Viamão.
A exceção ficou por conta dos pedágios de Campo Bom e Portão, onde a tarifa básica será mantida, pois já é considerada mais baixa. O valor só deverá ser alterado depois que as rodovias forem repassadas para a iniciativa privada. A expectativa do governo é que seja possível realizar a licitação das rodovias administradas pela EGR no mês de maio de 2021.
Na RS-135, em Coxilha, a cobrança passaria a ser realizada nos dois sentidos da rodovia, com tarifa de R$ 4,40 para veículos de passeio. A medida atendia a um pedido das prefeituras da região, possibilitando a execução de obras necessárias no trecho.