A prefeitura de Porto Alegre anunciou a empresa que irá adotar o sítio do Laçador pelos próximos cinco anos. A vencedora é a mesma que assinou contrato para cuidar do canteiro central das avenidas Goethe e Mariante e da rua Silva Só, entre a rua Dona Laura e a avenida Ipiranga. Será a empresa Talo Gestão e Comunicação Eireli.
O termo de adoção foi publicado no Diário Oficial de Porto Alegre na semana passada. Caberá à empresa "implantar melhorias e prestar os serviços de manutenção no local. O contrato ainda prevê a possibilidade do contrato ser renovado por mais cinco anos.
Apesar da publicação, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb) informa que as adoções estão suspensas até 30 de abril, por conta das ações contra o coronavírus. Também destaca que a secretaria municipal da Cultura precisará referendar o resultado. Até lá, a manutenção do local como o corte de grama, limpeza e outros cuidados segue sob responsabilidade da prefeitura.
O curioso desta adoção, que é mais uma das tantas que foram aprovadas somente na semana passada, é que ela pode começar e, no meio do caminho, perder seu hóspede mais ilustre. A estátua do Laçador precisa de restauração e, assim que os valores necessários para a reforma forem obtidos por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o monumento será retirado do sítio e ficará ausente por um ano.
Alguns integrantes da prefeitura, inclusive, querem que a estátua não volte para o local. Porém, a Secretaria Municipal da Cultura informa que o assunto nunca foi tratado.
Após uma vistoria realizada em março de 2017, o restaurador francês Antoine Amarger identificou a presença de fissuras, problemas estruturais, água, vegetais e insetos no monumento. O sítio do Laçador foi construído há 11 anos.
A estátua ficava antes na avenida Farrapos com avenida Ceará e precisou ser transferida quando o viaduto Leonel Brizola foi construído. Na época, o local foi definido com a intenção de evitar uma mudança radical na sua localização.
A restauração do Laçador faz parte de um projeto chamado Construção Cultural, realizado desde 2014, por meio de parcerias firmadas entre a prefeitura de Porto Alegre, a Associação Sul Riograndense de Construção Civil e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, além de verbas do programa Pró-Cultura da Lei de Incentivo à Cultura. O projeto já atuou nas intervenções de 32 monumentos na Redenção.